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Acontecendo Aqui

E-commerce não é concorrente do varejo


Shopee está prestes a inaugurar sua primeira flagship física em São Paulo


Em 2015, no programa de TV Conversas Cruzadas, naquela época da RBS com apresentação do amigo Renato Igor, afirmei algo que parecia, à primeira vista, drástico e provocativo. Afirmei que o e-commerce estava destinado à morte.


Muitos não compreenderam na época que essa “morte” não se referia ao fracasso, mas ao sucesso tão absoluto que o e-commerce se tornaria uma modalidade natural, intrinsecamente incorporada à cultura de consumo, deixando de ser visto como um concorrente das lojas físicas.


Naquele tempo, o e-commerce era percebido como um antagonista ao varejo físico. Hoje, fica evidente que é impossível pensar em um varejo de médio ou grande porte sem considerar uma estratégia integrada, onde a presença física e virtual coexistem e se complementam de forma indissociável.


Um número cada vez mais expressivo de empresas, que antes somente atuavam no ecommerce, estão diversificando canais, indo em direção à presença física, seja criando suas próprias redes de varejo próprias ou franqueadas ou mesmo com representantes, afiliados ou os chamados consultores de vendas.


Isso não é um movimento isolado. A Amazon já fez isso pelo mundo inteiro, o grupo Otto tem se estabelecido na Europa, a Natura tem se tornado multimodal e Magazine Luiza já se estabeleceu assim há longa data, assim como também a nossa admirável rede regional de varejo Koerich.


O portfólio das lojas físicas que surgem com todas essas iniciativas é cada vez mais diversificado, abrangendo desde eletrônicos e eletroportáteis até itens de papelaria, cosméticos, produtos para pets e equipamentos de vigilância. Essa estratégia não apenas complementa a operação online, mas também promove uma experiência de compra robusta e completa, que integra o melhor dos dois mundos: a conveniência do e-commerce e a tangibilidade do varejo físico. Este movimento reforça a visão de que, no varejo do futuro, a separação entre o físico e o digital é uma ilusão.


Na ADVB/SC, onde hoje atuo voluntariamente como Diretor de Mercado, preservamos os conceitos imutáveis do marketing enquanto promovemos novas técnicas que agilizam o tradicional e dinâmico mundo da comunicação. A convergência entre o e-commerce e as lojas físicas é um excelente exemplo de como as estratégias de marketing precisam evoluir para acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor. O que vemos hoje é a materialização de uma transformação que começou há quase uma década e que, finalmente, está atingindo sua maturidade.


Essa nova fase do varejo também reflete uma evolução na mentalidade empresarial. O sucesso agora não se mede apenas pelo desempenho no ambiente online ou físico, mas pela capacidade de integrar e maximizar ambos. Empresas que compreendem essa realidade são aquelas que prosperarão, enquanto as que resistem a essa convergência correm o risco de se tornarem obsoletas.


Em suma, a “morte do e-commerce” que previ em 2015 não foi um sinal de seu fim, mas sim o início de uma nova era, onde o virtual e o físico se fundem em uma única experiência de consumo. Este é o futuro do varejo, e ele já chegou. Como profissional da ADVB, vejo com entusiasmo essa transformação e reafirmo nosso compromisso em liderar as discussões e práticas que moldam o futuro do marketing e da comunicação.


Por: Cristiano Fogaça Chaussard*

* Cristiano Fogaça Chaussard – É diretor de Mercado da ADVB/SC. Presidente da ABComm/SC, associação brasileira de comércio eletrônico em Santa Catarina. Fundador e Co-CEO da Flexy Plataforma de E-commerce. Especialista em Gestão de Inovação e do Conhecimento pela USP e Marketing estratégico pela ESPM, professor de Ciências da Inovação, E-commerce, Marketing e Futurologia.

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