As aberturas seguem o plano de expansão que prioriza a bandeira Minuto Pão de Açúcar
Em meio a dias agitados, com notícias sobre a possibilidade de venda pelo Casino e até uma proposta de compra rejeitada na noite de ontem (29/06), o GPA anuncia que abriu 8 lojas de proximidade em 1 semana. Sendo assim, a bandeira Minuto Pão de Açúcar chega ao marco de 150 unidades.
As duas últimas aberturas ocorreram hoje (30/06) em Santo André e São Paulo, e seguem o objetivo de ser uma extensão da dispensa de seus clientes com o oferecimento de uma compra premium.
Esta alta taxa de inaugurações se deve ao plano de expansão traçado no ano passado pela empresa, que visava priorizar o modelo de proximidade com a intenção de inaugurar 250 lojas até 2024. Desde o planejamento, 61 das 71 unidades abertas foram na bandeira do Minuto Pão de Açúcar e o motivo por esta preferência se deve a rentabilidade em curto prazo, maior potencial de ponto de vendas e o CAPEX inferior às demais bandeiras do Grupo.
Para Frederic Garcia, Diretor Executivo de Operações de Formatos Especializados do GPA, este é um modelo “vencedor”, pois segue as necessidades e expectativas do consumidor presentes nas áreas em que as lojas estão localizadas. O diretor ainda comemora as inaugurações e acredita que a bandeira é muito bem aceita entre os consumidores.
“Chegar a 150 unidades é um marco muito importante e demonstra que o formato que desenvolvemos é extremamente aderente ao que nossos clientes buscam, um modelo de negócio resiliente em todos os momentos econômicos e consistente em termos de resultados para a companhia”, diz Frederic.
A proposta desses supermercados é oferecer uma variedade de itens, desde produtos básicos de reposição do dia a dia até uma linha mais gourmet com vinhos, queijos, orgânicos, saudáveis, pães e itens importados. O layout das lojas também segue modelos europeus e no momento as lojas se concentram em bairros residenciais com uma alta quantidade de prédios.
Fato Relevante
Nesta quinta (29/06) o Conselho de Administração do GPA se reuniu junto aos assessores financeiros legais para discutir sobre a oferta de U$ 836 milhões apresentada por Jaime Gilinski, bilionário boliviano, pela a participação do GPA de 96.5% nas ações do Grupo Éxito – e por unanimidade decidiu rejeitar a proposta.
Segundo o Fato Relevante divulgado pela empresa, o motivo para a decisão se deve ao fato de que o preço ofertado estava abaixo do valor adequado, sendo assim, “não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação desta natureza e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas”.
O documento também ressalta que a transação para a segregação entre os negócios do Éxito e GPA continua em evolução, entretanto apresenta pendência com a obtenção das aprovações regulatórias das autoridades colombianas e a declaração de efetividade do Form-20-F do Éxito pela U.S. Securities and Exchange Commission.
Contudo, o GPA promete manter o mercado e acionistas informados sobre possíveis novos fatos relevantes.