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Mercado e Consumo

Integração entre físico e digital é feita apenas por um terço do foodservice, revela pesquisa TOTVS


Gestão descentralizada é um dos principais problemas do setor e pode acabar acarretando grandes falhas na operação


Apesar da omnicanalidade ser hoje em dia um dos grandes focos do mercado, apenas um terço dos varejistas brasileiros de foodservice fazem uma gestão centralizada do negócio, integrando a loja física e os canais digitais. A informação é do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo, estudo realizado pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas.


A pesquisa também registrou que 65% dos negócios do setor adotaram pelo menos um canal de venda digital, sendo o foodservice o segmento varejista que menos faz uso dessa ferramenta (a média do estudo é de 94%, considerando todo o varejo).


O diretor de produtos de foodservice da TOTVS, Ramon Martins, interpreta a informação como um gap do setor, mostrando que boa parte ainda não usufrui dos ganhos que a tecnologia proporciona. “Ainda existe muito espaço para levar mais produtividade para operação de foodservice no Brasil. Fatores como gestão descentralizada e a falta de comunicação entre serviços e sistemas implicam em erros na operação, problemas de estoque e falhas de entregas, que consequentemente resultam em insatisfação de clientes”, revela o executivo.


No entanto, alguns fatores analisados explicam essa baixa presença online e a falta de integração. Foi constatado que 61% dos negócios de foodservice são de gestão familiar, sendo um setor composto majoritariamente por lojas únicas. Com base nesse dado, 79% do faturamento médio é advindo dos estabelecimentos físicos, outros 21% são divididos entre os canais digitais e vendas por telefone.


Foco nas soluções


Outro ponto de atenção do estudo é o uso de soluções para a gestão de clientes. O setor de foodservice prioriza programas de fidelidade (23%) como estratégia de atração e retenção de clientes, mas ainda é abaixo do uso geral do setor (27%). Ferramentas de CRM e soluções de cashback são adotadas por apenas 16% dos negócios desse segmento, com destaque positivo para essa última que aparece acima da média geral (9%). Quanto à gestão de vendas, as soluções de PDV (94%), retaguarda de loja (74%) e conciliação de cartões (68%) são as mais usadas pelo segmento.


“Alguns pontos se sobressaem em relação ao foodservice, principalmente pela especificidade do segmento. Uma vez que se trata da comercialização de refeições e alimentos, as lojas físicas são predominantes, mas isso não impede o investimento em tecnologias para o desenvolvimento e ampliação dos negócios. Com um dos maiores índices de rotatividade do varejo, principalmente em relação a colaboradores de frente de loja e estoque, também é importante que as empresas deem atenção e proporcionem treinamentos adequados para a equipe, incentivando o uso correto dos sistemas e soluções, a fim de obter maior produtividade tecnológica”, finaliza o executivo.


O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo entrevistou 673 empresas, nacionais e multinacionais, de todas as regiões do Brasil, com faturamento anual igual ou superior a R$2 milhões. Clique aqui para conferir o estudo na íntegra.

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