A expectativa da varejista mineira é de abrir mais sete unidades no País ao longo de 2025
A Livraria Leitura vai fechar o ano com 121 lojas no Brasil. O período foi marcado por 12 inaugurações, um encerramento e uma mudança de endereço. Desta forma, o ritmo de lançamentos superou a média da empresa, que é de até sete novas unidades por ano. A empresa ainda superou a marca de 11 milhões de livros vendidos em 2024.
As informações são do presidente da Leitura, Marcos Teles. Ele também ressalta que a expectativa é de que a varejista mineira registre um crescimento de aproximadamente 10% nas vendas nas lojas que já estavam em operação, além de um aumento de 18% em 2024, considerando as novas unidades abertas.
“Foi um ano bom, nós tivemos um crescimento de dois dígitos e conseguimos abrir um número expressivo de lojas, com um saldo positivo de 11 unidades, passando de 110 para 121 operações”, avalia.
O empresário explica que o número elevado de inaugurações está relacionado às oportunidades geradas após o encerramento de algumas operações de marcas concorrentes. Segundo Teles, metade das novas unidades da Leitura foram abertas onde antes funcionavam lojas de outras livrarias, principalmente em shoppings.
Dentre as novas operações da Leitura neste ano, estão as primeiras lojas da rede de livrarias nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso. Com essas inaugurações, a marca passa a estar presente em cerca de 50 cidades, nos 23 estados brasileiros e no Distrito Federal.
O presidente da Leitura destaca a possibilidade de chegar ao mercado do Acre no ano que vem ou em 2026, restando apenas o Paraná e Rondônia.
“Nós ainda não temos planos para os outros dois estados. O Paraná já possui duas redes locais muito fortes e, portanto, está bem atendido. Já Roraima tem a questão relacionada a uma maior dificuldade na logística”, pondera.
Teles lembra que Minas Gerais foi, por muito tempo, o principal mercado da livraria, por ser o estado onde a empresa surgiu. No entanto, o cenário atual é de maior destaque para São Paulo, com aproximadamente 30 operações da marca, contra 24 no mercado mineiro. “São Paulo virou a principal praça para a Leitura, mas Minas segue em segundo”, diz.
O empresário também ressalta outros mercados que têm se destacado dentre os mais importantes para a varejista, como é o caso do Rio de Janeiro, Distrito Federal, e os estados da região Nordeste do Brasil, principalmente, Ceará, Pernambuco e Bahia.
Planos de expansão do número de lojas para os próximos anos
Para 2025, a meta será restabelecer o ritmo normal de expansão da rede de livrarias e fechar o ano com, pelo menos, 127 lojas no País. O empresário destaca que, até o momento, a empresa prevê duas inaugurações no estado de São Paulo e uma em Minas Gerais.
“Nós tivemos um ritmo de abertura, a partir de 2020, de 10 a 12 lojas por ano, muito além do normal. Nosso plano sempre foi abrir cerca de sete unidades, esse é um bom número e agora nós planejamos voltar para esse ritmo”, comenta.
Ele explica que as novas operações dependem de oportunidades e condições oferecidas no mercado. Porém, o executivo estima que a empresa possa superar a barreira das 130 unidades em 2026. “Se o nosso ritmo de crescimento diminuir, nós vamos ter que diminuir o número de aberturas de lojas. Mas, por enquanto, estamos indo bem”, pondera.
Além da expansão no número de lojas, Teles destaca que a rede de livrarias mineira também espera ampliar em mais de 1 milhão de livros vendidos e fechar o próximo exercício com cerca de 12 milhões de cópias comercializadas no Brasil.
Atuação da Leitura no mercado
Dentre os diferenciais da Leitura, Teles aponta o cuidado com os resultados operacionais. Ele explica que a empresa está sempre buscando manter o desempenho com saldo positivo, com uma média segura de inaugurações somada ao encerramento de operações deficitárias.
Outro ponto citado pelo empresário é atenção quanto às novidades no mercado e às demandas do consumidor. Segundo ele, a varejista é a maior rede no mercado de venda de livros em lojas físicas do País e a segunda no e-commerce nacional.
O presidente da Leitura ressalta o impacto que a internet tem tido nas vendas tanto da varejista quanto das demais livrarias. Para ele, os lançamentos de séries inspiradas em livros e o fenômeno das indicações de influenciadores digitais do ramo da leitura são alguns dos fatores que têm contribuído para o crescimento nas vendas.
“Antes, os jovens liam, basicamente, os livros que eram indicados pela escola, enquanto, hoje em dia eles é quem escolhem os próprios livros, com base na indicação dos amigos, das redes sociais e dos filmes”, relata.
Por: Leonardo Leão