A cada dez dias, uma nova farmácia abre as portas em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do CRF-MS, a cidade reunia até o mês de junho deste ano 344 drogarias. As informações são do Correio do Estado.
Para se ter uma noção do avanço, em junho de 2022, os PDVs alocados no município eram 307, ou seja, houve um crescimento de 12,04% nos últimos doze meses.
Pegando um exemplo mais amplo, nos últimos cinco anos, 154 drogarias foram abertas na cidade, um crescimento de 81,05%. Em janeiro de 2018, eram 190 estabelecimentos.
Dessas farmácias, a campeã é a Drogasil, que tem 32 lojas na capital. Na sequência vem a Mais Popular, com 25, e a Pague Menos, com 24. Com 13 lojas, a Drogarias Freire fecha o top 4.
Avenida de Campo Grande tem uma farmácia a cada 300 metros
E os moradores de Campo Grande veem com facilidade o avanço do varejo farmacêutico na região. Na Avenida Guaicurus, por exemplo, em um espaço de menos de dois quilômetros, seis farmácias diferentes podem ser encontradas.
E esse total pode ser ainda maior, caso se considere na somatória a drogaria mantida pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e uma loja que está em construção.
“O que determina a quantidade de farmácias em determinadas vias ou regiões da cidade é o fluxo de pessoas”, explica o presidente do CRF-MS, Flávio Shinzato.
OMS tem “número mágico”
Caso se tome por base o número ideal de farmácias por habitantes estimado pela OMS, Campo Grande está mais do que de parabéns. De acordo com a organização, o ideal é que exista uma farmácia para cada 10 mil habitantes.
Ou seja, com uma população de 897.938 cidadãos, algo em torno de 90 farmácias “já davam para o gasto”. O total atual é quase quatro vezes maior.
Automedicação é “efeito-colateral”
Se Campo Grande tem uma grande oferta de farmácias, a facilidade para se comprar medicamentos pode favorecer um grande problema de saúde pública: a automedicação.
Segundo Shinzato, o Mato Grosso do Sul é o estado com mais casos de automedicação no Centro-Oeste que, por sua vez, é a região do país com mais ocorrências.
Por: Cesar Ferro
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