Executivo afirma que a Bloomin' Brands está avaliando várias alternativas para a operação brasileira. Entre elas, a entrada de um sócio estratégico ou licenciamento da marca
Dias antes da reinauguração do primeiro restaurante do Outback no Brasil, o executivo Pierre Berenstein, vice-presidente executivo de estratégia global de clientes e Brasil da Bloomin' Brands, dona do Outback, desembarcou no Brasil e teve de esclarecer o futuro da companhia por aqui.
No início do mês, a Bloomin' Brands admitiu a possibilidade de venda da operação brasileira em um comunicado. De acordo com as informações públicas sobre a empresa, a dona do Outback registrou prejuízo de US$ 83,9 milhões no primeiro trimestre.
O resultado no vermelho, segundo o executivo, está mais atrelado à liquidação de dívidas por parte da companhia do que por problemas operacionais. "Nossa operação está saudável, seguimos em crescimento", disse o executivo buscando manter um tom construtivo.
Berenstein afirma que o grupo está avaliando várias alternativas, desde a venda do negócio até a busca de um sócio estratégico. O licenciamento da marca ou "refranchising", no qual as lojas próprias seriam vendidas para grupo de franqueados, também são opções estudadas pelo Bank of America, contratado pelo grupo para avaliar as possibilidades. "Nosso objetivo é maximizar os resultados dos acionistas americanos", explica.
O grupo de capital aberto nos Estados Unidos está presente em 23 países e tem 1,45 mil lojas. Por aqui, a companhia tem 158 restaurantes do Outback, 16 restaurantes de comida italiana Abbraccio, e a marca de lanches de frango Aussie, que conta com duas cozinhas próprias e 100 operações dentro de lojas da rede.
O sócios Peter Rodenbeck, Salim Maroun e Giancarlo Zanolini trouxeram a marca para o Brasil em 1997. O grupo americano passou a controlar a operação brasileira em 2013. Com cebola empanada, pão australiano e costela, o restaurante é conhecido por formar fila na porta.
Novas unidades no Brasil
Enquanto as opções são avaliadas, a Bloomin' Brands segue investindo na abertura de novas unidades no Brasil. O Outback deve ganhar 18 novas unidades em 2024. No ano passado, foram 16 inaugurações. O Abbraccio por sua vez deve ganhar seis novas unidades. Cada unidade tem investimento de R$ 5 milhões. Ao todo serão desembolsados R$ 120 milhões em novas unidades.
Berenstein explica que uma das intenções da companhia é acelerar o ritmo de expansão no Brasil. O grupo tem a meta de chegar a 300 lojas.
"Não cogitamos deixar o Brasil. O negócio é rentável e o mercado tem muitas oportunidades. A alimentação fora de casa aqui é igual a dos Estados Unidos nos anos 1970, há muito espaço para crescimento", diz.
Por: Isabela Rovaroto
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