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Estadão

Em cinco anos, a franquia abriu 195 lojas no País e 15 na América Latina e na Europa


Após receber aportes de cerca de US$ 12 milhões em rodadas de investimentos nos últimos quatro anos, a rede de cafeterias curitibana The Coffee investe para se posicionar como a primeira brasileira a vender, em escala, bebidas feitas com grãos de qualidade superior. “No Brasil, pequenas cafeterias independentes fazem isso, mas, em escala, só a gente”, diz o CEO, Carlos Fertonani. Em cinco anos, a franquia abriu 195 lojas no País e 15 na América Latina e na Europa. A meta é alcançar, até o fim de 2024, 450 unidades e dobrar o faturamento, previsto em R$ 100 milhões este ano. O destaque são grãos de café selecionados de pequenos produtores, catados a mão, um a um, com características específicas de aroma, acidez e corpo.


Tudo começa em casa

O plano de aumentar o número de lojas foca o Brasil, onde Fertonani diz não ter explorado nem 20% do potencial. Para fazer as bebidas no País, 300 sacas de café arábica são adquiridas todos os meses de três fornecedores do sul de Minas e passam por torra e moagem próprias.


Carimbando o passaporte

Já no exterior, os cafés da rede vêm de fornecedores do Quênia, da Colômbia e da Etiópia. A The Coffee possui unidades em Portugal, Espanha, França, Colômbia e Peru e prevê inaugurar outras seis lojas na Europa em 2023. Mas Estados Unidos e Emirados Árabes também estão no radar.


Novidade

A Central de Registros de Direitos Creditórios (CRDC) deve concluir até o fim do ano o registro da primeira Cédula de Produto Rural Garantia. Ao centralizar as garantias necessárias para emissão, o título poderá ter sob seu guarda-chuva uma série de outras CPRs vinculadas. Conforme os títulos vinculados são quitados, o limite de crédito do produtor ou da empresa vai sendo restabelecido. “A modalidade deixará o processo mais simples e fará a economia girar mais rápido”, diz Othavio Parisi, diretor executivo da CRDC. A empresa vê demanda pelo produto, sobretudo de cooperativas e revendas.


Acelerada

A CRDC começou a registrar CPRs em janeiro. Já foram mais de R$ 500 milhões até hoje e a marca de R$ 1 bilhão pode ser alcançada ainda este mês. Parisi prevê que, até dezembro, o agronegócio deva representar 15% do faturamento, porcentual que pode aumentar nos próximos anos, graças à obrigatoriedade de registro, a partir de 2024, de 100% das CPRs. “Elas vão sair da gaveta e gerar negócios. Isso deixará o processo transparente e seguro.”


Contando gotas

Atenta às mudanças no regime de chuvas em ano de El Niño, a produtora de açúcar e etanol Tereos desenvolveu uma tecnologia para saber com até 95% de acerto as condições de solo, clima e precipitação nos canaviais. Os dados obtidos são de estações meteorológicas, de satélites, além do que é colhido no campo em 4 mil pontos dos 300 mil hectares cultivados pela companhia. A Tereos desembolsou R$ 600 mil no sistema e os ganhos com o novo manejo serão observados no atual ciclo de 2023/24.


Vem de lá

A Cargill conseguiu rastrear 100% de seus fornecedores diretos de grãos na América do Sul. No Brasil, a marca foi alcançada em 2022. Naquele ano, a Argentina tinha 99% dos produtores que vendem soja diretamente à empresa mapeados; a Bolívia, 75%; Paraguai, 95%; e Uruguai, 94%. Com tecnologia geoespacial, a companhia capta eventuais atitudes que contrariam as Boas Práticas Agrícolas e exigências externas, diz Letícia Kawanami, diretora de Sustentabilidade do Negócio Agrícola.


No caminho

Agora, o plano da Cargill é aumentar a participação dos fornecedores diretos. No Brasil, dos 14,9 mil sojicultores registrados em 2022, 64% eram diretos. O porcentual deve subir em 2023. Na Argentina, são 4,8 mil – 66% diretos. Indagada sobre o monitoramento de indiretos, a Cargill diz reconhecer a importância do tema e que está trabalhando com produtores e a Abiove (associação do setor de óleos vegetais) para avançar.


Embrapa vai receber aporte de R$ 1 bilhão do novo PAC

O governo federal vai investir cerca de R$ 1 bilhão na Embrapa, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Serão dois novos centros de pesquisa agropecuária e 41 novas estruturas, em 21 Estados. “A empresa volta a ter investimentos parrudos para desenvolver tecnologia de ponta”, comemora Carlos Fávaro, ministro da Agricultura.


PL dos defensivos deve entrar na reta final no Senado

O Projeto de Lei (PL) 459/2022, que dispõe sobre novas regras para aprovação e obtenção de registros de defensivos agrícolas, tende a ser votado pelo Senado até setembro, após passar pela Comissão de Meio Ambiente. A expectativa é da senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), que articula o projeto na Casa.


Por: Gabriela Brumatti, Leticia Pakulski, Clarice Couto e Isadora Duarte

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