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IstoÉ Dinheiro

Farmácia hi-tech: o jeito S2 Farma de ser mais do que um local “instagramável”


Modelo da S2 Farma tem os estoques controlados por robôs, que aceleram a busca dos produtos e automatizam a reposição, reduzindo o risco de falhas humanas e deixando os funcionários dedicados ao atendimento do cliente


O conceito de ‘futurístico’ não necessariamente precisa seguir o imaginário popular inspirado nas obras de ficção científica do início do século XX, com carros voadores e robôs substituindo humanos. Mais ou menos. Os carros voadores estão próximos de chegar, enquanto os robôs estão cada vez mais atuantes na função de auxiliar e acelerar processos antes feitos somente pelo braço humano. Na S2 Farma, farmácia conceito inaugurada em outubro de 2023, na zona sul de São Paulo, a conexão entre pessoas e máquinas está precisamente calibrada para proporcionar a plena experiência do cliente, otimizar as operações e reduzir custos do negócio.


Fruto de um estudo de três anos sobre o varejo farmacêutico, a primeira loja da S2 Farma está instalada na Marginal Pinheiros, no lado oposto ao Panamby, junto a um posto de combustíveis que recebe milhares – sem exagero – de clientes por dia. O bairro da Chácara Santo Antônio está em amplo crescimento, mesclando prédios de moradia, empreendimentos corporativos e dezenas de galpões industriais fora de funcionamento. A unidade, de 200 m2 de área, deve ser somente a primeira de um ambicioso de plano de expansão para 230 lojas em cinco anos.


A ideia da futura rede é criar um ambiente agradável ao cliente, reunindo no mesmo espaço a venda de medicamentos, cosméticos e produtos de beleza juntamente com serviços de atendimento primário, como aplicação de vacinas, exames de resposta rápida e uma plataforma de telemedicina. Além disso, no segundo andar, a loja dispõe de um espaço de beleza completo onde os clientes podem trocar seus pontos do programa de fidelidade por serviços prestados no local. “A cliente pode utilizar os pontos que acabou de acumular em uma compra de produtos para o cabelo e trocá-los por uma escova ali mesmo, se houver a disponibilidade”, afirmou o diretor de operações, Pedro Paulo Frigerio.


NEGÓCIO


Ser apenas uma loja “instagramável”, ou dizer que é “uma farmácia que não tem cara de farmácia”, não é suficiente para fazer a S2 Farma decolar como planeja, e o jovem executivo tem plena consciência disso. “No estudo que fizemos, foi feita uma análise profunda das defasagens e fragilidades do setor, então a S2 se propôs a construir um projeto inovador, capaz de suprir as demandas e desejos dos consumidores de uma maneira estratégica e tecnológica”, disse.


Para seguir no plano de expansão, a S2 Farma se prepara para um road show em que serão apresentados três modelos de lojas. O maior deles, denominado Experience, prevê 30 estabelecimentos de cerca de 400 m2, em bairros nobres ou shoppings. “Teremos também 100 lojas de tamanho intermediário, como o da unidade modelo, e 100 menores em formato pop-up”, afirmou. O faturamento mensal médio previsto para as lojas da rede é de R$ 2,5 milhões, podendo variar de acordo com o formato.


A automação também não é uma mera questão cosmética, com o perdão do trocadilho. Com o sistema, a loja consegue trocar todos os preços em 10 minutos. Além disso, um sistema de câmeras controla a reposição e a manutenção de estoque. Há também uma prateleira virtual, que disponibiliza uma maior gama de produtos que podem não estar presentes na loja, diminuindo um problema comum no varejo.


Caso o produto esteja em falta no estoque ou na prateleira, a distribuidora é acionada diretamente pelo sistema, repondo a mercadoria em até 48h na loja e a S2 faz a entrega na casa do cliente. Já o robô dispensador de medicamentos gerencia a curva de venda, a validade dos produtos e os pedidos por aplicativo, reduzindo as perdas financeiras com remédios vencidos e facilitando o controle de estoque.


Durante a compra, o cliente pode receber atendimento virtual. E se quiser, também pode pagar no autoatendimento. Além das facilidades, a tecnologia traz vantagens como modelo de negócio. A automatização permite que os funcionários fiquem dedicados ao cliente. “Investimos bastante em treinamento para que os funcionários saibam lidar com os modernos sistemas que instalamos. Também desenvolvemos um plano de carreira para que eles se aprimorem e possam crescer dentro do negócio e da empresa”, diz Frigerio.


INVESTIMENTO


O custo para abertura de uma loja de tamanho médio, como a já aberta, é de cerca de R$ 3 milhões. A empresa, no entanto, gastou mais de R$ 10 milhões na concepção e criação da unidade. Futuramente, o modelo de negócios prevê franquiar unidades, mas sempre em sociedade com o fundador para garantir a padronização dos processos e a excelência dos serviços.


Dentro do plano de negócios para os franqueados, após determinado tempo de operação e com todos os pilares seguidos à risca, eles terão a opção de comprar a outra metade.


Por: Editora3

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