A marca gaúcha Farmácias Associadas correu o mundo em vídeos que mostraram muitas de suas lojas sendo invadidas pelas águas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Depois de fazer um levantamento dos prejuízos, a rede, que funciona no modelo associativo, anunciou um plano de investimentos de R$ 1,5 milhão para auxiliar na reconstrução das farmácias atingidas pela catástrofe.
Os recursos já estão sendo investidos na recuperação de fachadas, mobiliário e reposição de estoques, para que as empresas possam reabrir em tempo recorde. Até agora, mais de 20 lojas já foram recuperadas e estão abertas ao público.
O investimento da marca é decisivo para a sobrevivência das farmácias, já que a rede é composta integralmente por empresas de micro, pequeno e médio portes. Todas são independentes, ou seja, não estão ligadas aos grandes conglomerados do comércio farmacêutico, e pertencem a empresários locais que se associam à rede para ter acesso a compras coletivas e ferramentas de marketing e gestão. A primeira loja reconstruída e reinaugurada foi a Farmácia Associadas de Sinimbu, que ficou completamente destruída pela cheia do Rio Pardinho, no início de maio.
Além dos investimentos para a reconstrução, a rede disponibilizou um kit de marca própria, com cosméticos e produtos de higiene e beleza de Curva A, para acelerar a rentabilidade das lojas na reabertura. O Departamento Comercial também assumiu a tarefa de intermediar negociações com fornecedores na indústria farmacêutica e na distribuição de medicamentos, para a reposição das mercadorias perdidas.
Segundo o presidente da rede, Ben Hur Jesus de Oliveira, foram realocados recursos para apoiar as pequenas empresas, que sem ajuda não conseguiriam se reerguer. Ele explica que o modelo associativo de negócios é que o possibilita a manutenção de farmácias independentes em um mercado com nível tão acirrado de competição.
“Nossos associados são empresas tradicionais em suas comunidades, são referência em saúde nas cidades. Por isso, o principal foco foi montar um plano emergencial e direcionar todos os recursos que pudermos para a reconstrução dessas farmácias. Sem o apoio da Rede, muitos iriam fechar permanentemente”, comenta Oliveira.
A direção da Farmácias Associadas estima que, ainda em junho, todas as 72 lojas atingidas, 43 delas com perda total, devem estar reabertas e atendendo ao público.
Acolhimento psicológico emergencial gratuito
A Farmácias Associadas estruturou um programa de acolhimento psicológico emergencial gratuito para oferecer um primeiro atendimento às vítimas das enchentes. O programa + Saúde vem funcionando de forma remota desde o começo da tragédia, com atendimentos feitos por telefone ou vídeo, com psicólogos contratados pela rede.
Em Porto Alegre, postos presenciais também foram montados na frente das farmácias de alguns dos locais mais atingidos, como os bairros Menino Deus e Sarandi. O programa também dedica atenção especial aos associados e funcionários das farmácias atingidos pelas chuvas. O atendimento psicológico gratuito segue sendo oferecido sete dias por semana. Os detalhes estão nas redes sociais da marca.
Outras ações, como doações de medicamentos e itens de higiene, também estão sendo articuladas pela rede, como a entrega de 170 mil unidades de materiais como luvas e máscaras e medicamentos de uso contínuo, como anti-hipertensivos, remédios para diabetes e para asma. Em todo o Estado, os associados atuaram em suas comunidades no interior e Região Metropolitana, servindo como ponto de recolha e distribuição de donativos e acolhida de vítimas, oferecendo serviço de saúde e ajuda básica, como distribuição de água, e alguns até trabalhando no resgate direto das vítimas.
Associados de outros Estados em que a marca está presente, como Mato Grosso do Sul, organizaram campanhas de arrecadação de donativos e seguem enviando itens de ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul.
Por: Redação O Sul
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