Um estudo inédito da consultoria CVA Solutions revelou que três redes concentram 40% do fluxo de visitas aos hubs de saúde nas farmácias. A RD Saúde, proprietárias das bandeiras Raia e Drogasil, é a que mais se destaca ao apresentar percentual de 28%. A Pague Menos e o Grupo DPSP, das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, têm 11% cada. O levantamento envolveu 5.242 entrevistados.
No recorte regional, porém, redes locais e do associativismo conseguem dividir espaço com o grande varejo na demanda por assistência farmacêutica. Sobressaíram no estudo a Ultra Popular e a Santo Remédio, na Região Norte; Globo e Redepharma, no Nordeste; Santa Marta e Ultra Popular, no Centro Oeste; Araujo e Ultrafarma, no Sudeste; e Grupo Latino-Americano (Catarinense e Preço Popular), Panvel, Farmácias São João e Nissei, no Sul.
Estudo avalia também gargalos nos hubs de saúde nas farmácias
A adesão aos hubs de saúde nas farmácias chama a atenção no estudo. “A boa disposição dos brasileiros com a digitalização e a facilidade de acesso às farmácias favorecem o desenvolvimento de serviços de atenção primária e prevenção de doenças”, acredita Sandro Cimatti, CEO da CVA Solutions.
Entretanto, a pesquisa também aponta gargalos que comprometem o avanço mais rápido dos serviços de assistência farmacêutica avançada. Apenas 31% dos pacientes fazem uso de ferramentas digitais para gerenciar suas condições de clínicas, enquanto somente 28% acionam o médico após encaminhamento pelo farmacêutico. O índice cai para 23% quando os clientes são questionados se organizam algum arquivo com histórico de exames. E 15% submeteram-se à consulta por telemedicina nos últimos 12 meses até maio.
Percepção de valor dos clientes
O levantamento analisou o valor percebido, variável que mede o custo-benefício observado pelos clientes na oferta desses serviços. Para os entrevistados, a diversidade de benefícios tem 35% de relevância, seguida pela reputação da farmácia (31%), excelência de atendimento (12%), ambiente confortável (10%), horário de funcionamento (10%) e qualidade dos produtos e serviço à venda (8%).
Mas, a exemplo do comportamento de consumo em geral, o preço ainda é fator preponderante para 65% dos clientes. “As pessoas querem pagar o justo, com a melhor composição custo x benefício, e sabem valorizar o conforto e praticidade. Até aceitam assumir alguma despesa a mais, desde que a experiência seja a mais conveniente e prática possível”, explica Cimatti.
O valor percebido unido à métrica do NPS (índice de recomendação da marca) mede a jornada do cliente na farmácia. Satisfeito, o consumidor recomenda para outras pessoas e passa a reverberar a marca em seu networking.
No valor percebido, a liderança ficou com a Redepharma, seguida por Drogarias Pacheco, Ultrafarma, Drogaria Araujo e Ultra Popular.
No NPS, a Drogaria Venancio lidera, com 82,9%, seguida por Farma Conde (80,6%), Farmácias São João (78,2%), Farmácia Permanente (77,5%), A Nossa Drogaria (76,9%) e Drogaria Araujo (76,7).
Já a força da marca reflete a capacidade de empresa ser conhecida, lembrada e atrair clientes. O ranking tem na liderança a Drogasil, seguida por Raia, Farmácias Pague Menos, Drogaria São Paulo, Ultrafarma e Drogarias Pacheco.
Por: Ana Claudia Nagao
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