Empresas do setor de consumo básico são menos suscetíveis a períodos de volatilidade ou a recessões econômicas; confira as recomendações do Safra
O Banco Safra apresentou novos preços-alvo e estimativas para os próximos 12 meses para as empresas de consumo básico na cobertura de varejo, depois de incorporar os resultados recentes das empresas e as novas premissas macroeconômicas, além de adotar uma nova abordagem em relação aos impostos – assumindo a interpretação mais recente de cada empresa com base nos lucros do primeiro trimestre de 2024.
Os especialistas do Safra acreditam que o setor continua a combinar oportunidades interessantes de crescimento com baixo risco relacionado a desacelerações econômicas.
As preferências do Safra para o segundo semestre de 2024 são:
(i) ASAI – Recomendação de compra reiterada (Preço Alvo de R$16,80/ação, antes R$17,00/ação), pois o Safra vê a empresa negociando em um valuation bastante atrativo de 10,5x 2025 P/E vs. a média histórica de 21,4x, uma vez que as recentes conversões/aberturas de lojas levam à desalavancagem e, consequentemente, ao crescimento do LPA; e
(ii) HYPE – Recomendação de compra reiterada (Preço Alvo de R$37,00/ação antes R$44,00/ação), devido à sua atraente avaliação de P/L para 2025 de 8,6x vs. sua média histórica de 13,8x e 10,3x implícita no Preço Alvo, e o Safra acredita que a empresa poderá superar seu guidance para 2024.
Varejo de alimentos
Os resultados recentes foram marcados pelo aumento da inflação de alimentos, que impulsionou o desempenho das vendas de mesmas lojas das empresas após um fraco segundo semestre de 2023.
O Banco Safra espera um crescimento robusto da receita ao longo de 2024 para o Assaí e o Grupo Mateus de 14% e 24%, respectivamente, uma vez que a expansão de sua presença e a inflação de alimentos darão suporte ao crescimento das vendas nas mesmas lojas.
Consequentemente,o Safra está mantendo uma recomendação de Compra para GMAT (R$10,10/ação, antes R$8,70/ação).
Quanto à CRFB, o banco mantém a recomendação neutra (Preço Alvo de R$11,3/ação, antes R$10,3/ação), pois continua a ver a consolidação do Big como desafiadora, principalmente no que diz respeito à operação de varejo. O banco espera resultados mais baixos da divisão financeira da CRFB. Além disso, continua preocupado com os passivos contingentes da empresa (quase R$ 1 bilhão em consumo de caixa em 2023).
Por fim, para a PCAR, o Safra também esté mantendo a recomendação Neutra (Preço Alvo de R$3,20/ação, antes R$4,50/ação), pois continua a acreditar que o valuation mais baixo da empresa é justo devido à diferença de ROIC em relação à ASAI (7% vs. 13%) e GMAT (7% vs. 15%, respectivamente), embora reconheça as recentes melhorias operacionais e de balanço da empresa.
Setor farmacêutico
Os especialistas do Safra continuam a ver o setor farmacêutico como resiliente e com grandes perspectivas de crescimento, apoiado pelo bônus demográfico e por hábitos mais saudáveis.
Além disso, os dados recentes da Sindusfarma e os resultados do primeiro trimestre de 2024 reforçam a posição positiva. Portanto, o banco está mantendo a recomendação de Compra em PNVL (Preço Alvo de R$15,40/ação, antes R$15,50/ação) e PGMN (Preço Alvo de R$3,50/ação, antes R$4,40/ação) devido ao seu considerável potencial de alta.
Além disso, também está mantendo a recomendação Neutra para RADL (Preço Alvo de R$28,7/ação antes R$30,7/ação), devido ao seu potencial de alta limitado.
Por fim, com relação à BLAU (Preço Alvo R$11,00/ação de R$16,00/ação), o Safra mantém a recomendação de Venda, assumindo uma margem EBITDA conservadora no longo prazo à luz dos resultados recentes (decepcionantes).
Empresas de Consumo Básico são um porto seguro natural
Para o Safra, as empresas do setor de consumo básico são menos suscetíveis a períodos de volatilidade ou a recessões econômicas do que as empresas de varejo discricionário (produtos não essenciais).
O banco vislumbra perspectivas de crescimento interessantes para o varejo de alimentos (CAGR de 10% entre 2026 e 2023 e CAGR de 14% entre 2023 e 2020) e para o setor farmacêutico (CAGR de 13% entre 2026 e 2023 e CAGR de 19% entre 2023 e 2020), apoiados pela expansão da pegada e pelo crescimento das Vendas de mesmas Lojas (repasse da inflação e mais produtos ou serviços oferecidos).
Riscos:
(i) Cenário macroeconômico;
(ii) plano de expansão;
(iii) no setor, falhas de P&D e custos/disponibilidade de matérias-primas;
(iv) execução de turnaround; (v) integrações de M&A.
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