La Guapa abre primeira franquia no aeroporto de Congonhas e mira 150 lojas até 2030

Fundada em 2014 pela chef Paola Carosella e por Benny Goldenberg, a marca passou quase dez anos crescendo com recursos próprios antes de abrir para franqueados

A rede de empanadas artesanais La Guapa inaugurou sua primeira unidade franqueada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dos terminais mais movimentados do país. A operação marca o início de um novo ciclo de crescimento: até agora, todas as 35 unidades eram próprias. A expectativa é chegar a um número entre 100 e 150 lojas até 2030, combinando franquias e novas unidades próprias.

“[O aeroporto de] Congonhas é um ponto estratégico, pois concentra milhares de pessoas de todo o Brasil. É uma vitrine privilegiada para que novos públicos experimentem nossa marca em um momento em que a oferta de boa comida, principalmente no formato fast casual, pode ser mais difícil de encontrar”, afirma Benny Goldenberg, CEO da rede.

A nova loja, aberta em agosto, é comandada pelas empresárias Ana Paula Baptista de Oliveira e Rafaella Masi, que já operam no aeroporto as marcas Nutty Bavarian e Aptk Drinks. “A La Guapa sempre nos conquistou pelo sabor, pelo afeto e pela qualidade. Levar essa marca para o aeroporto é levar o cuidado em cada detalhe e comida de verdade para os passageiros. Agora, queremos que todos sintam isso também em Congonhas”, dizem as franqueadas.

Fundada em 2014 pela chef Paola Carosella e por Goldenberg, a La Guapa passou quase dez anos crescendo com recursos próprios antes de abrir para franqueados. “Foi um caminho que poucas marcas seguem, mas que para mim faz todo o sentido. Primeiro aprendemos com o nosso dinheiro, com o nosso risco, sobre as fortalezas e dificuldades da operação. Só agora, depois de consolidar processos e cultura, estamos prontos para dividir esse know-how com parceiros”, afirma Goldenberg.

A rede faturou R$ 75 milhões em 2024. Agora, com o início da expansão, pretende chegar a R$ 100 milhões neste ano. A empresa conta com investimentos da gestora Concept, feito em 2020, e do Gran Capital Partners, feito em maio deste ano. Os valores não foram revelados.

Goldenberg destaca que a La Guapa se posiciona no segmento de fast casual, ainda pouco explorado no Brasil. “Unimos preço acessível, operação simplificada e velocidade do fast food, mas com uma experiência de loja e qualidade de ingredientes mais próximas de um restaurante casual. Esse é o nosso diferencial para o franqueado”, afirma.

A mudança de hábitos também impulsiona o negócio: cerca de 50% do faturamento vem do delivery. “A empanada não é exatamente uma novidade para o brasileiro, já que temos pratos semelhantes como pastel ou empada. Mas o formato se encaixa em diferentes momentos de consumo: do café da manhã ao happy hour, ou até como substituto da pizza de domingo em família”, completa Goldenberg.

Para sustentar o crescimento, a rede aposta em tecnologia. O aplicativo próprio já responde por 22% das vendas, e as lojas contam com totens de autoatendimento e chatbot para atendimento.

A marca também mantém parcerias gastronômicas, como a recente colaboração com o restaurante Mocotó — as empresas se uniram para lançar uma empanada Sertaneja, com recheios inspirados em sabores típicos do país, no último mês de julho — e segue lançando novos sabores. A estratégia, segundo o CEO, é inovar sem complicar a operação dos franqueados.

A primeira franquia exigiu um investimento de R$ 600 mil. Para novos franqueados, o aporte inicial começa em R$ 350 mil, em espaços a partir de 50 m². A taxa de franquia é de R$ 50 mil, o faturamento médio gira em torno de R$ 150 mil por mês e a lucratividade média é de 20%, com retorno previsto em até 24 meses.

Embora a meta atual esteja focada no Brasil, a empresa já avalia a internacionalização. “Olhamos para América do Sul, Europa e Estados Unidos, mas temos muito cuidado para não errar o momento. Primeiro, precisamos garantir que o crescimento aqui esteja sólido”, afirma Goldenberg.

Por: Felipe Lessa