Rede quer abrir mais quatro mercados 24 horas em Porto Alegre; próximo será no Centro Histórico
- GZH
- 10 de set.
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Segundo diretor da empresa, unidades inauguram ainda neste ano
Criada em Cruz Alta, a rede Uffa quer abrir, ainda em 2025, quatro mercados que funcionam 24 horas por dia em Porto Alegre. A varejista estreou na Capital neste ano com uma loja na Avenida Protásio Alves, em frente ao Hospital de Clínicas.
A primeira unidade da nova leva será no Centro Histórico. Foi firmado nesta semana o acordo para assumir um ponto na esquina das ruas Alberto Bins e Pinto Bandeira.
— Sempre escutamos que o Uffa tem tudo a ver com a Capital. Como não somos de Porto Alegre, estávamos buscando desenvolver mercado. Fizemos muitos estudos, conversamos com o cliente — diz Rodolfo Martins, diretor executivo da rede.
A nova loja do Uffa em Porto Alegre ocupará parte de um imóvel onde funciona hoje uma garagem. O mercado terá 120 metros quadrados de área de venda e mais 120 metros quadrados de estoque. Entre os itens vendidos estarão produtos de limpeza, de padaria, de hortifruti e lanches.
Com o ponto, a ideia é atrair o público de hóspedes do Plaza São Rafael e de frequentadores da Santa Casa, além de pessoas que circulam pela região diariamente.
— Entendemos que existe demanda no Centro. Já tem mercados na região, mas não neste formato (que funciona por 24 horas). Queremos entregar algo diferente para a comunidade do bairro — diz Martins.
Hoje, como opção para fazer compras, os frequentadores do Centro Histórico tem três supermercados do Zaffari, o Mercado Público e alguns minimercados familiares. A rede Dia chegou a ter operação na Rua Vigário José Inácio, mas a fechou em 2023. Nenhuma dessas unidades chegou a operar durante todas as 24 horas do dia.
Mais lojas 24 horas
Ainda em 2025, a Uffa quer abrir mais três mercados 24 horas em Porto Alegre. Por serem padronizados e com metragens similares, a obra de cada um leva cerca de 40 dias para ficar pronta. O valor do investimento não é divulgado.
A empresa diz estar negociando pontos nos bairros Moinhos de Vento e Petrópolis, além de mais um no Centro Histórico. A única região que está descartada, ao menos por enquanto, é a Zona Sul.
— É muito horizontal (com poucos prédios), o que acaba atraindo menos público — diz Martins.
Todas as lojas da Uffa em Porto Alegre terão área para consumo de produtos, com mesas e cadeiras na parte da frente. Cada operação gera, em média, 14 empregos.
Madrugada
Durante a madrugada, a primeira loja da marca na Capital, na Protásio Alves, tem recebido muitos motoristas de aplicativo e também pessoas que trabalham no Hospital de Clínicas.
— O público da madrugada varia muito de cidade para cidade. Em Porto Alegre, é um público mais jovem, que tem necessidade de algum produto. Nem sempre é aquela pessoa que sai da balada — diz o diretor da rede.
Criada em 2023, a Uffa está hoje com 21 lojas. A empresa quer fechar este ano com 30 unidades abertas. Estão sendo prospectados pontos em Passo Fundo, Santa Maria e Cruz Alta. Um centro de distribuição será inaugurado na cidade natal da empresa em 2026.
Outras tentativas na Capital
Antes da Uffa, Porto Alegre já teve um supermercado 24 horas. Era da rede Nacional e ficava no Shopping Iguatemi. Porém, o custo elevado da operação — em um ponto grande do centro comercial —, somado ao baixo fluxo de clientes no horário, motivou o fechamento da unidade em 2017.
Na avaliação do empresário Antônio Cesa Longo, que recém deixou a presidência da Associação Gaúcha de Supermercados, é muito difícil que o modelo de mercados 24 horas em grandes pontos dê certo em Porto Alegre:
— É o sonho de todo consumidor. Mas, infelizmente, tem a questão da viabilidade. Vivemos em um país que não proporciona esse conforto. Não é viável economicamente, porque os custos são altos, como adicional noturno e adicional por insalubridade — avalia Longo.
Por: Guilherme Gonçalves

