O faturamento da Farmarcas avançou 155% em cinco anos e consolida o grupo como quarto maior player do varejo farmacêutico nacional. Os resultados da administradora de redes de farmácias associativistas, setor que lidera o volume de abertura de lojas no país em 2024, respaldam os planos de dobrar de tamanho até 2030.
De acordo com a IQVIA, a receita da Farmarcas alcançou R$ 8,4 bilhões nos últimos 12 meses até agosto de 2024. O valor é 12% maior que o do mesmo período anterior e revela um cenário bem diferente do de 2020, quando movimentou R$ 3,7 bilhões em vendas. Desde então, o grupo inaugurou 781 unidades, cujo faturamento médio totaliza R$ 596 mil – acima da média de R$ 434 mil de todas as lojas.
Os indicadores foram compartilhados com líderes da indústria farmacêutica em um jantar ocorrido na última semana no Rosewood Hotel, em São Paulo (SP). “Essa performance reflete um planejamento muito bem estruturado, com um time comprometido em valorizar a comunicação com os parceiros e a capacidade de execução dos empresários do associativismo e dos colaboradores”, enfatiza o diretor geral Paulo Costa.
Faturamento da Farmarcas será ancorado em seis pilares
Durante o encontro, Costa também apresentou os projetos que nortearão a intenção de dobrar o faturamento da Farmarcas, ancorados em seis pilares. Um deles é a aceleração da jornada digital, por meio do modelo de E-delivery.
A aposta em lojas físicas será outra prioridade e terá como base o Esquinas Sensacionais. Essa iniciativa foi lançada em 2020 e já fundamentou a abertura de 121 lojas, com faturamento médio de R$ 664 mil. Esse conceito preconiza a montagem de lojas com um bom fluxo de veículos, priorizando pontos de passagens para áreas como bancos, restaurantes e postos de gasolina. A estrutura é mais ampla, com espaço para expor o mix de forma mais adequada, estacionamento próprio e vitrines que garantem visibilidade total de quem está passando na rua.
O grupo prevê ainda intensificar as negociações por meio da plataforma própria de trade marketing, que já agrega 28 indústrias e 1.248 lojas. “Mais de 56 mil ações foram negociadas pela ferramenta e o engajamento médio é de 92%”, celebra.
O quarto pilar é o reforço do Encontro Farmarcas, que gerou R$ 200 milhões em negócios na mais recente edição, em agosto. Além disso, o grupo ampliará a aposta em novos nichos para diversificar as fontes de receita – marcas próprias, serviços farmacêuticos e medicamentos de alto custo.
O sexto pilar é a concepção do Edifício do Associativismo, nova sede do grupo e também da Febrafar, que será inaugurada em 2025. O espaço ocupará dez andares na Rua Domingos de Morais, 2.709, ao lado do Metrô Santa Cruz, em São Paulo (SP). “Vamos nos mudar para uma estrutura de 8.500 m², o dobro da nossa capacidade atual, que nos apoiará no cumprimento das metas e no próximo ciclo de crescimento”, destaca Edison Tamascia, presidente da Farmarcas.
Por: Leandro Luize