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Porto Alegre se consolida como um dos polos do mercado fitness nacional

  • Jornal do Comércio
  • há 23 horas
  • 3 min de leitura

Porto Alegre vive um boom de academias e estúdios de atividade física. Segundo a pesquisa Panorama do Mercado Fitness 2025, da Fitness Brasil, a cidade ocupa o segundo lugar entre as capitais com maior número de centros de atividade física por habitante, atrás apenas de Florianópolis. O levantamento confirma o que já é visível nas ruas: o mercado fitness se espalha por todos os bairros, com novas redes, pequenos estúdios e um público cada vez mais diverso.


Mesmo após a pandemia e as enchentes que atingiram o Estado, o setor não apenas se recuperou como ampliou sua presença. Estima-se que existam cerca de 900 academias registradas na cidade, além de centenas de espaços menores instalados em condomínios, clubes e prédios comerciais - locais que não entram nas estatísticas oficiais, mas refletem a expansão descentralizada do mercado.


“Esses espaços mostram como o setor se transformou. Há personal trainers atuando em salas compartilhadas, em prédios residenciais, e até em estruturas próprias nos condomínios”, exemplifica Luciane Citadin, diretora do Conselho Regional de Educação Física da 2ª Região (CREF2-RS). Segundo ela, o Conselho já estuda formas de mapear esse novo tipo de empreendimento, que cresce fora do radar das estatísticas tradicionais.


Com o aquecimento do setor, também aumentou a procura por formação profissional. O Rio Grande do Sul tem cerca de 40 cursos de Educação Física, a maioria voltada ao bacharelado, que forma profissionais para academias e clínicas. “O mercado está extremamente competitivo. Há horários em que seis professores trabalham no mesmo espaço”, comenta Luciane.


Para ela, o crescimento do setor reflete, principalmente, uma mudança de mentalidade. “O exercício físico deixou de ser estética e virou questão de saúde e longevidade”, avalia. O público idoso tem sido um dos que mais crescem: “A terceira idade entendeu que movimento é autonomia. O treino previne doenças, reduz estresse e ainda garante convívio social”.


A visão é nacional e compartilhada por Fernando Sassen, diretor da Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil). Segundo ele, o País é hoje o segundo maior mercado de academias do mundo, com cerca de 60 mil estabelecimentos, atrás apenas dos Estados Unidos. “O crescimento foi expressivo nos últimos dez anos. A entrada das academias low cost, como a Smart Fit, ampliou o acesso e acelerou a conscientização sobre saúde”, diz.


Sobre Porto Alegre, Sassen enxerga um momento de diversificação. “A cidade registrou quase cem novos CNPJs de academias em apenas um ano. São muitos estúdios pequenos, de Pilates, funcional, Yoga e CrossFit. O mercado local é fortemente voltado a nichos e pequenos grupos, o que o torna dinâmico e empreendedor”.


Ainda, entre as grandes redes, o ritmo de expansão também é acelerado. A Usina do Corpo, marca gaúcha com presença crescente na Região Metropolitana, projeta chegar a 42 unidades até 2026 - 15 delas apenas na Capital. “Porto Alegre é o nosso carro-chefe. A cidade tem um público muito ativo e um potencial enorme”, diz Felipe Linck, diretor de operações da rede.


Atualmente, a rede tem 50 mil alunos ativos e investe em programas de acompanhamento e uso de tecnologia. Sobre perfis, conforme o gestor, vem ganhando força o público 60+ e adolescentes.


Expansão das redes pressionam academias de bairro


Por outro lado, enquanto as redes de baixo custo e os estúdios modernos se multiplicam, as tradicionais academias de bairro enfrentam dificuldade. Proprietário de uma tradicional academia no Partenon, um gestor que prefere não se identificar diz que o modelo independente perdeu espaço.


“As grandes redes cobram valores que inviabilizam a concorrência - planos de R$ 30 ou R$ 40 por mês. Nenhuma academia pequena sobrevive com isso. Eu só mantenho a minha porque não pago aluguel e tenho placa solar. Se tivesse funcionários fixos, já teria fechado”, afirma.


Ele lembra que os custos operacionais são altos: “Uma esteira custa R$ 20 mil. E o cliente quer pagar R$ 50 por mês, tomando banho quente todo dia. Não fecha a conta.” Ainda assim, defende que o atendimento local tem um diferencial. “Conhecemos os alunos pelo nome, criamos vínculo. É um tipo de acolhimento que as grandes redes não conseguem replicar".


Para o setor como um todo, os desafios continuam: qualificar a formação, equilibrar o avanço tecnológico com o atendimento humano e combater o sedentarismo - que, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é o mal do século e um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.


“Hoje, apenas 7% da população brasileira frequenta academias”, calcula Linck. “Ou seja, ainda há muito espaço para crescer. Nosso verdadeiro concorrente não é a academia do lado - é o sedentarismo. E por isso há tanta margem”, finaliza.


Por: Gabriel Margonar

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