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Roupas no carrinho: a aposta dos supermercados para elevar margem e tíquete médio

  • Super Varejo
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura

Produtos básicos de uso diário lideram vendas no Carrefour, enquanto collabs ampliam espaço para a Vestcasa no varejo alimentar


O setor de vestuário e têxteis dentro dos supermercados e hipermercados ainda é considerado um negócio complementar, mas vem se consolidando como um importante gerador de margem e aumento do tíquete médio. Segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado, o varejo físico de vestuário movimentou R$ 244,7 bilhões em 2022, e cerca de 11% das vendas vêm de canais não especializados, como supermercados. Para as grandes redes, isso mostra que ainda há espaço para crescimento, desde que com uma estratégia bem definida.


No Carrefour, a aposta está em produtos de alto giro e uso diário, como camisetas básicas, calças jeans, roupas íntimas, toalhas e chinelos. Caroline Toquetti, diretora comercial de têxtil, explica que a seção têxtil é vista como um complemento estratégico de sortimento. “Em nossos hipermercados, os produtos que mais saem são camisetas básicas e calça jeans, além de roupas íntimas”, afirma. “ Também temos boa procura por toalhas de banho, travesseiros e chinelos, todos itens indispensáveis no dia a dia e, consequentemente, de alto giro”, complementa.


Para a executiva, a seção cumpre um papel importante de margin builder (margens de lucro) dentro do hipermercado. “Quando comparada ao setor alimentício, a têxtil já tem uma margem de compra mais alta, e assim, focamos em produtos básicos de uso diário para garantir giro constante e reduzir riscos ligados a tendências de moda”.


O Carrefour reforça que a compra no setor é predominantemente por impulso: o cliente não vai ao hipermercado para adquirir roupas, mas aproveita a conveniência e inclui no carrinho – o que contribui diretamente para o aumento do tíquete médio. No entanto, o desafio está em gerar desejo e encantamento. “Poucos clientes provam as peças em nossas lojas, mesmo com a presença de provadores e, por isso, precisamos trabalhar exposição diferenciada, comunicação de marketing e projetos especiais para criar interesse”, completa Caroline.


Outro player que aposta na sinergia entre supermercados e têxteis é a Vestcasa, rede especializada em cama, mesa e banho, que vem crescendo no modelo de collabs com atacadistas e supermercados. Como explica Ahmad Yassin, CEO da empresa, os têxteis são capazes de aumentar fluxo e gerar tráfego adicional dentro das lojas parceiras. “Itens de cama, mesa e banho possuem um tíquete médio maior e contribuem para a margem, e em algumas operações, chegamos a mais de R$ 2.500 de venda por m² só com a área de bazar”, destaca.


Hoje, a seção têxtil pode representar 2% a 4% do faturamento dos supermercados, mas em collabs como as da Vestcasa esse número chega a 5% a 10%. Atualmente, a rede está presente em mais de 100 pontos de venda e deve alcançar 300 unidades em breve, em parceria com grupos como Extrabom, Tenda e Grupo Pereira (Fort Atacadista e Comper).


Carrefour e Vestcasa entendem que, se por um lado há desafios — como concorrência do e-commerce e a necessidade de exposição mais atrativa dentro dos hipermercados —, por outro, o potencial da categoria de roupas e têxtil é claro. Além de elevar a margem em relação ao setor alimentar, ambos garantem conveniência ao consumidor e amplia as oportunidades de vendas por impulso.

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